Todos sabemos a importância que a Saúde e Segurança no Trabalho tem em qualquer empresa. Mas de que forma colocar em prática uma gestão eficaz nesta área? Siga as nossas dicas para uma gestão eficaz de SST na sua empresa:

1. Empenho da direção –A primeira ação a ser tomada para se iniciar um sistema de gestão de SST, implica um empenho e envolvimento da direção da empresa para a real importância da SST. Sem isso a gestão de SST nunca terá uma base sustentável e sólida. É papel da direção o estabelecimento de políticas de gestão de SST e o empenho para que elas sejam colocadas em prática.

2. Diagnóstico– O próximo passo é fazer um diagnóstico para avaliar a situação atual de SST da empresa, colocando as seguintes questões:

• Quais são os principais problemas relacionados com a saúde e segurança dos trabalhadores?
• Quais os perigos existentes? Existem riscos ocupacionais acima do nível de ação?
• A empresa está a cumprir a legislação de SST?
• Qual o histórico de acidentes de trabalho e afastamentos por doenças ocupacionais?

3. Definição de objetivos  – com base no diagnóstico que irá evidenciar os problemas e existentes, é necessário traçar os objetivos e metas. Os objetivos de SST, a nível tático e operacional, podem ser:

• A substituição de um processo ou máquina que expõe trabalhadores a riscos laborais
• Adequar o Equipamento de Proteção Individual às funções
• Implementar procedimentos e práticas para trabalhos específicos (ex: trabalho de risco elevado);
• Implementar ações de formação e sensibilização dos trabalhadores

Os trabalhadores precisam de estar conscientes dos objetivos de SST e dos perigos que existem no ambiente de trabalho. É necessário um envolvimento de todos os elementos da instituição para uma gestão eficaz de SST na empresa.

4. Organização– É necessária a colaboração de todos para atingir os objetivos e metas de SST. Por isso, é necessário assegurar que todos estejam conscientes dos objetivos e organizar os recursos, definindo responsabilidades e dando orientações aos colaboradores. Nesse sentido, os gestores devem garantir a existência dos recursos necessários para a execução das tarefas e certificarem-se de que todos estão informados e sabem quais as suas funções.

5. Planeamento e Implementação– depois de organizar os recursos e sensibilizar os colaboradores, o próximo passo é fazer um planeamento de ações, a principal ferramenta de gestão. Através deste planeamento irão ser definidos os caminhos que levarão à realização dos objetivos e metas.

6. Monitorização– Logo após iniciar a implementação das ações de SST, é imperativo ficar atento ao desenrolar dos processos e indicadores de SST. Só assim é possível detetar possíveis falhas no sistema de gestão e corrigi-las antes que algo mais grave aconteça. Por isso, é importante supervisionar e avaliar periodicamente todos os elementos do sistema de gestão de SST. Os gestores devem estabelecer indicadores, procedimentos e práticas que ajudem a controlar a gestão de SST.

7. Revisão– a monitorização do desempenho da gestão de SST proporcionará informações importantíssimas para avaliação das ações que estão a ser colocadas em prática.

Quando encontramos falhas ou oportunidades de melhoria nas políticas, práticas e procedimentos de SST, é necessário rever o processo e estabelecer um novo planeamento com as devidas correções.

Tudo isto ocorre num ciclo de gestão sistemático. Deve existir um compromisso de melhoraria contínua de todos os aspetos da gestão de SST na empresa. O objetivo é construir uma cultura de prevenção na empresa, controlando os riscos e assegurando que assim que sejam detetados serão eliminados, num processo contínuo.

Conclusão

É imperativo que as empresas equilibrem os riscos que envolvem as suas atividades com a busca pela eficiência e lucratividade. Especialmente porque uma gestão ineficaz dos riscos ocupacionais para além dos riscos para a saúde dos trabalhadores pode afetar significativamente a sustentabilidade, lucratividade e imagem das empresas.

Por outro lado, uma boa gestão de SST prepara a empresa parar tirar proveito das oportunidades de desenvolvimento, melhoria e crescimento que a área de Saúde e Segurança do Trabalho pode gerar.

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