A Saúde e Segurança no Trabalho (SST) tem como principal objetivo evitar, ou reduzir o máximo possível, os acidentes de trabalho e doenças profissionais nas empresas.
Além de ser uma obrigação legal que deve ser cumprida por todas as empresas, a saúde e segurança no trabalho visa garantir mais saúde e qualidade de vida aos trabalhadores. Este cuidado contínuo também traz inúmeros benefícios para as empresas, tais como maior produtividade e menos perdas financeiras, como as relacionadas com a ausência de funcionários decorrentes de afastamentos médicos, por exemplo.
Mas ainda que a importância da segurança e saúde no trabalho seja bastante evidente, muitas empresas ainda cometem erros quanto à garantia e manutenção das regras de saúde e segurança no trabalho. Saiba quais são os sete erros mais comuns e como corrigi-los.
Quais os 7 principais erros cometidos pelas empresas?
1. Não cumprir a legislação
Por vezes, acreditar que a empresa não será alvo de fiscalização/auditoria faz com que muitos gestores deixem de cumprir as determinações legais de SST.
Além de colocar em risco a saúde e a vida dos profissionais, o que pode levar a graves consequências, a empresa fica vulnerável a processos, multas e outras penalidades legais.
É ainda essencial que a gestão de topo se mantenha atualizada quanto à atualização das normas e leis.
2. Ter uma comunicação ineficiente com os trabalhadores
A comunicação é a peça-chave de qualquer relacionamento interpessoal e de extrema importância também na saúde e segurança no trabalho.
É essencial saber como transmitir a importância da SST aos trabalhadores utilizando linguagem compatível para cada grupo de colaboradores, garantindo que a informação é compreendida por todos os elementos da equipa. É importante relembrar conceitos e técnicas regularmente, reforçando a necessidade de uma sensibilização coletiva para o bem-estar físico e mental de todos os elementos da empresa.
3. Não supervisionar e controlar o uso de EPIs
É essencial que líderes e gestores verifiquem se as orientações de SST estão a ser colocadas em prática no dia a dia. Um ponto muito importante sobre esse acompanhamento diz respeito à supervisão do uso dos EPIs.
Os Equipamentos de Proteção Individual, são acessórios que os trabalhadores devem usar com o objetivo de protegê-los dos riscos inerentes à atividade laboral desempenhada, como por exemplo, óculos de proteção, capacetes, luvas, entre outros.
Porém, não basta que a empresa forneça os EPIs, é primordial fiscalizar se os funcionários estão a utilizá-los da forma correta e nos momentos necessários e em caso de necessidade corrigir o comportamento e orientar o funcionário.
4. Negligenciar a sinalização correta das áreas da empresa
Ainda que o trabalhador conheça bem a sua função, ambiente de trabalho onde atua e equipamentos utilizados, cabe à empresa sinalizar adequadamente as áreas de trabalho.
Cada trabalhador circula entre os diferentes postos de trabalho da empresa, não somente por aqueles nos quais atua. Por isso é importante sinalizar adequadamente as áreas de trabalho e respetivos riscos, estando esta informação bem clara e acessível a todos os trabalhadores.
5. Não realizar os exames de Medicina do Trabalho
Os exames de medicina do trabalho são obrigatórios em todas as empresas e deverá ser cumprida a periodicidade definida na lei.
Porém, mesmo com esta obrigatoriedade, muitas empresas não realizam os exames médicos ou não os realizam cumprindo a periodicidade definida na lei. Esta falta de acompanhamento pode comprometer a saúde dos trabalhadores, trazer consequências legais para a empresa e comprometer os resultados da organização como um todo, reduzindo a produtividade e aumentando o absentismo.
6. Não organizar a documentação relativa à SST
Os exames de medicina do trabalho garantem que a empresa acompanha a saúde dos seus colaboradores, além de cumprir a legislação, pelo que deve manter estes documentos devidamente organizados, com o apoio da empresa de SST.
Deve ainda manter organizados os documentos relativos à Segurança no Trabalho, como os relatórios das condições de Segurança no Trabalho, Relatórios de avaliações de riscos, formulários de consulta aos trabalhadores e avaliações de agentes físicos, como ruído e iluminância.
Desta forma assegura não só que possui toda a documentação organizada em caso de inspeção por parte das autoridades mas também que mantém a situação da empresa sob controlo, garantindo a saúde e segurança de todos os envolvidos.
7. Não contar com o apoio de uma empresa especializada
De forma a cumprir todas as obrigações legais e garantir uma política eficaz de SST é importante contar com o apoio de uma empresa e profissionais especializados na área. Certifique-se que os seus trabalhadores e a sua empresa contam com profissionais experientes e devidamente certificados como Médicos do Trabalho, Enfermeiros do Trabalho e Técnicos Superiores de Segurança no Trabalho.
É muito importante manter o contacto constante com a equipa de Saúde ocupacional, comunicar admissões e demissões, a introdução de novos equipamentos de trabalho ou métodos de produção e garantir o devido acompanhamento em caso de mudanças de layout da empresa.
A Saúde e Segurança no Trabalho para ser eficaz deve ser uma responsabilidade partilhada entre gestão de topo e os trabalhadores. É essencial que todos os elementos da empresa conheçam a importância da saúde ocupacional, saibam os riscos a que se encontram expostos, possuam informação de como se proteger e coloquem em prática todo esse conhecimento no dia-a-dia.
Se a sua empresa não possui ainda uma política definida de SST ou necessita de medidas mais eficazes nesta área fale connosco e saiba como podemos ajudar a sua empresa.